terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Nostalgia


Em alguns momentos da vida a gente sente saudade, muita saudade de quem já foi. Saudade de quem partiu e das coisas e pessoas que deixamos ir embora. Eu sinto saudades infinitas do meu avô. Botafoguense, iria se esbaldar na vitória contra o Vasco. Senti saudade de assistir o jogo caladinha ao lado dele, com medo até de respirar para não fazer barulho. A pior saudade é daquilo que não se teve, mas que gostaria de ter tido. Como, por exemplo, a comemoração do título ao lado dele. O cheiro de cerveja e cigarros...A alegria que era tão bonita em seu rosto.
Mas neste sábado senti saudade de outra coisa...uma coisa mesmo. Meu Fofão. Eu tinha um Fofão. Ele era meu amigo, meu confidente, meu namorado, meu chão e meu travesseiro. Sim, dormia com a cabeça nele. Isso, por anos a fio. Eu sinto falta dele ultimamente. Daquelas bochechas duras e grandes. Do cabelo de lã e do seu macacão jeans impecável. Um amigo perfeito, que só me ouvia.
Saudade da época que meus problemas se limitavam a "será que ele vai me olhar hoje na hora do recreio?".
Saudade do tempo que R$10 era muita grana no meu bolso.
Saudade de sair com um monte de gente.
Saudade de quando duas cervejas me deixava "altinha".
Saudade de quando não fumava.
Saudade de quando usava a piscina da casa da minha avó.
Saudade de quando o dinheiro não me importava.
Saudade das noites regadas a vinho e amigos da faculdade.
Saudade...

Hoje pra mim, tudo é saudade.

3 comentários:

Camilla Dias Domingues disse...

é bom sentir saudade, tem lá seu lado bom, mas dói.

Giovana disse...

ultimamente ando com saudade de mim

Thaissa Costa disse...

Hummmm sei o que é isso!

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